Água e garrafa plástica

Beber água em garrafas de plástico vai se tornar coisa do passado?

Água e garrafa plástica

Beber água em garrafas de plástico vai se tornar coisa do passado?

Se depender dos milhões de reais que estão sendo investidos para substituir a embalagem de plástico por alternativas mais sustentáveis, beber água em garrafas de plástico vai se tornar coisa do passado.

Até agora, são dois candidatos: alumínio e o papelão.

Os novos recipientes ainda tem uma longa batalha contra o plástico, mas já começam a fazer parte da vida dos brasileiros e disputam para ser a embalagem do futuro.

O plástico é uma invenção recente na historia da humanidade. É fácil encontrar pessoas mais velhas que tenham vivido sem ou com menos plásticos na infância, mas é difícil ver jovens adultos sem a lembrança de plástico à vida toda. É ainda mais estranho pensar em água vendida em outro recipiente que não as garrafinhas.

Segundo o Atlas do Plástico, o material começou a ser desenvolvido nos anos 1900 e popularizado a partir da década de 1970 por grandes indústrias de bebidas, como a Coca-Cola e a Nestlé, com o argumento de ser uma opção mais prática e segura para manter a água limpa.

Nos Estados Unidos, 23% das embalagens de plástico utilizadas são para consumo de água.

Em 2020, as vendas no varejo de água engarrafada geraram US$ 36 bilhões. O fenômeno é mundial. A China representa o consumo de um quarto de toda água engarrafada no planeta.

No Brasil, a estimativa é de consumo de cerca de 25 bilhões de litros de água engarrafada por ano, entre garrafinhas e garrafões.

A Associação Brasileira da Indústria de Plástico diz que o setor de bebidas usou 5% do plástico industrializado em 2018 no Brasil.

No ramo de bebidas, 34,8% do plástico é útil por apenas um ano. As garrafas costumam ser enquadradas em outro recorte ainda menos sustentável: o plástico de uso único. Ou, seja, consumimos seu conteúdo e jogamos fora.

“Um brasileiro produz 52 kg de resíduo plástico todos os anos. Se somados os 212 milhões de brasileiros, é o equivalente a 11 milhões de toneladas, ou 460 mil contêineres cheios de plástico anualmente”

Atlas do Plástico- 2020

 

Garrafa plástica leva séculos para se degradar no meio ambiente: alternativas buscam soluções mais sustentáveis

As alternativas atuais:

1.Garrafa de Papelão:

Pode ser refrigerada, reutilizada e reciclada. Possui tampa. Ainda não armazena líquidos com gás

2.Garrafa de Alumínio:

Pode ser refrigerada, reutilizada e reciclada. Armazena líquido com gás. Ainda não possui tampa.

Conclusão:

Hoje a diferença de preço impede a utilização em grande escala das embalagens alternativas ao plástico. A evolução da tecnologia e consciência ambiental pode favorecer outros tipos de embalagens.

Não só no ramo das bebidas, mas no ramo das embalagens em geral.

A água na garrafa plástica continua mais barata: em mercados, a embalagem de 500 ml sai por até R$ 2. A água na caixa do mesmo tamanho custa cerca de R$ 5.

A lata de alumínio é 3 a 5 vezes mais cara por unidade que a embalagem de plástico.

Não ser sustentável ainda é muito lucrativo.

Porem, a cobrança por mais sustentabilidade entre consumidores, investidores e políticos pode abalar as estrutura das grandes empresas de embalagens de plástico em um futuro cada vez mais próximo favorecendo o desenvolvimento e utilização das embalagens sustentáveis.

Fontes: www.comprasustentavel.com.br

www.uol.com.br/ecoa/reportagens

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